sábado, 13 de junho de 2009

fraqueza


Poderia falar tanta coisa; ver e sentir diferente. Mais ainda sou do tempo em que a gente marcava encontros reais com os amigos e matava a saudade pelo telefone, não por recadinhos na internet. Sou do tempo das trocas, em que a gente ouvia a voz das pessoas e sentia isso bater no fundo...
Ah, o tempo... esse tempo que tanto faz a gente correr, a gente se apressar; e faz com nos esqueçamos de viver. Estamos tão focados em nós mesmos, em nosso "umbiguismo" que não temos tempo de olhar pros lados, desapercebemos o que realmente faz com que nossa vida aconteça.
Tenho andado ansiosa, angustiada. Qual o sentido de toda essa individualidade; de toda essa despreocupação; desse não ver, desses não lugares?
Não nos sentimos pertencentes dessa grande roda, desse gira mundo. Isso dói.
A conformidade, a adequação... ah! Como lutar contra as doenças sociais, a não importância de nossa essência?
Pode-se sobreviver só por você mesmo?
Uma náusea me atinge. A náusea da indignação, da revolta... Mas é tão difícil. Tudo parece maior, mais forte do que isso.
Essa aparente impotência, por muitas vezes paralisa... não se sabe pra onde seguir.
O que fazer contra essa montanha que nos derruba todos os dias? Segui-la? Estagnar-se? Correr de encontro a ela e tentar impedi-la?
O tempo presente, as coisas presentes se apresentam tão vãs...
Esses devaneios loucos serão capazes de algo maior do que serem apenas essas palavras escritas?
Essas palavras mortas terão a mesma força que sai impetuosamente dessas mãos? Terão o peso da roda, da vida que acontece?
Provavelmente não, porém essa pretensão continuará latente, e ecoará, mesmo que em silêncio, ao menos em mim...


Imagem de Gustave Klimt, apresentado a mim pela Ana Laura,
e que de cara me encantei por suas obras!

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