sexta-feira, 13 de março de 2009

Um quereres.

Aqui, não digo que tão bem assim. Ainda assim, aqui. Nesta cadeira (não que em casa não tenha uma) me pego a pensar sempre na luta de todos nós.
Uns mais que outros, outros mais ferrenhamente que uns... porém o mesmo viés de luta.
Não sei se posso chamar algo que é de todos de luta, mais é uma luta diária. Uma labuta fervorosa. Apaixonada e apaixonante.
Um eu quero, dois nós queremos. Sempre queremos mais!
Um NÓS QUEREMOS.
Um nós vamos "chegar lá". Ufa, temos que acreditar que vai mudar, um que seja, vai mudar. Vai ver o que todo mundo vê, e depois disso, vai ter um arrepio e não vai desaperceber, mesmo que esteja nas entrelinhas, ele vai destrinchar, vai escancarar. E assim, de um vendo o outro verá também.

2 comentários:

  1. Eu quero! vc quer... Nós queremos!
    Já somos um numero suficiente para conseguirmos mudar?

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  2. Mãos dadas
    Não serei o poeta de um mundo caduco.
    Também não cantarei o mundo futuro.
    Estou preso à vida e olho meus companheiros.
    Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
    Entre eles, considero a enorme realidade.
    O presente é tão grande, não nos afastemos.
    Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.

    Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
    não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
    não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
    não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.

    O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
    a vida presente.

    Carlos Drummond de Andrade

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