No
centro nervoso da beleza burguesa instala-se sob a luz do luar uma
gente de luta. É sob a luz pulsante da lua que se dão as assembleias, os
cantos, as poesias da resistência de uma gente que teima em querer ter onde morar, o que comer, onde plantar.
Teima tanto e sua força esta na luta coletiva, que se mostra desde sua
nomeação: Ocupação Amarildo de Souza, pra não deixar esquecer que
estamos todas e todos submetidos e resistindo aos mesmos algozes.
Teima tanto que a prioridade terra, trabalho, teto e liberdade não pode
ser conquistada sem o exercício e a superação de todas as formas de
relações desiguais e hierárquicas. A superação do machismo e do racismo é
a luta. É o Coletivo Claudia Ferreira da Silva, pra não deixar esquecer
que as Cláudias somos todas e todos nós.
Teima tanto que suas
crianças, sua juventude de luta, não recua diante de cachorros, armas e
investidas truculentas. A resistência tem suas forças em toda gente.
Uma gente forte, toda bela, que debaixo da lua se atira pro mundo. Se
coloca no caminho, no meio desse caminho, pra lembrar que somos todas e
todos Amarildos e Cláudias. Somos inquietantes, inquietas e inquietos
até que a terra seja nossa. Essa terra é nossa!
E é sob a luz da lua que gritamos: Essa terra é nossa!
Adelante, siempre!