terça-feira, 29 de julho de 2014

De encontros.



Os encontros é que fazem das pessoas seres sociais, humanos. Atravessamos a vida pelos encontros que temos. Os lugares que visitamos, as paisagens, construções, onde moramos são apenas “desculpas” para provocar novos encontros e reencontros. Todas as pessoas que conhecemos nos movimentam... nunca ficamos no mesmo lugar depois dos encontros.
Não sei se é assim pra toda gente, mas pra mim, é essa a força que movimenta o mundo e que faz a gente se reconhecer no outro e ter a real possibilidade de ser mais do que agora. Mais do que parece que devemos ser. A gente se movimenta com as outras pessoas. E tudo não é como é.
Eu sou nós. A síntese de todas as horas vividas pela humanidade, desde tempos imemoriais até um segundo atrás. E somos mais que agora, mais que o instante.
A minha vida, o miudinho do meu dia-a-dia e dos encontros que tenho são uma parte e o todos dos encontros humanos. Da vida humana. O que construo com as pessoas, desde os encontros mais fugazes àqueles que duram toda vida são marcados pela intensidade dos momentos vividos e ficam talhados na História.
E acredito que essa força que move as mudanças nos levará além... a peleja não está perdida – e nunca estará – porque enquanto a humanidade estiver ai, sempre poderemos construir algo diferente. Não somos vendáveis, ainda que estejamos nos vendendo. E toda gente tá ai pra provar isso: não somos coisas e somos mais do que conseguimos chegar até aqui. Estamos indo além.
Cada encontro singular carrega genericidade humana e a possibilidade de uma transformação radical.

terça-feira, 8 de julho de 2014

Pequena crônica cotidiana.

Ela estava em processo de concentração. Quem sabe, finalmente, conseguiria escrever as coisas que estão na sua cabeça. Talvez seria o começo de uma dissertação. Comia um bolo. Comia um bolo e tomava leite quente. O bolo tinha cobertura de chocolate - essas são as melhores! O prato estava entre o colo e o computador (porque escrever comendo algo "é bem sua cara"). Quase deitou em cima do prato. A blusa branca ficou em tons saborosos de marrom e a concentração foi adiada para a madrugada.