Os encontros é que fazem das pessoas seres sociais, humanos.
Atravessamos a vida pelos encontros que temos. Os lugares que visitamos, as paisagens,
construções, onde moramos são apenas “desculpas” para provocar novos encontros
e reencontros. Todas as pessoas que conhecemos nos movimentam... nunca ficamos
no mesmo lugar depois dos encontros.
Não sei se é assim pra toda gente, mas pra mim, é essa a
força que movimenta o mundo e que faz a gente se reconhecer no outro e ter a
real possibilidade de ser mais do que agora. Mais do que parece que devemos
ser. A gente se movimenta com as outras pessoas. E tudo não é como é.
Eu sou nós. A síntese de todas as horas vividas pela
humanidade, desde tempos imemoriais até um segundo atrás. E somos mais que
agora, mais que o instante.
A minha vida, o miudinho do meu dia-a-dia e dos encontros
que tenho são uma parte e o todos dos encontros humanos. Da vida humana. O que
construo com as pessoas, desde os encontros mais fugazes àqueles que duram toda
vida são marcados pela intensidade dos momentos vividos e ficam talhados na
História.
E acredito que essa força que move as mudanças nos levará
além... a peleja não está perdida – e nunca estará – porque enquanto a
humanidade estiver ai, sempre poderemos construir algo diferente. Não somos
vendáveis, ainda que estejamos nos vendendo. E toda gente tá ai pra provar
isso: não somos coisas e somos mais do que conseguimos chegar até aqui. Estamos
indo além.
Cada encontro singular carrega genericidade humana e a
possibilidade de uma transformação radical.