quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Um momento...

É, até parece que um dia poderia ser. Logo agora que... bom, nem sei direito. Também, com tantas coisas que acontecem. Não me preocupo, sei que vai chegar.
O mundo gira, as crianças da Palestina têm morrido todo dia. As crianças do Brasil têm morrido todo dia. E, relembrando as tiras da Mafalda, o PLANETA está muito doente... e isso é maior do que tudo o que possa parecer maior.
Agora eu sei. Agora já não sei. As coisas fluidas me atraem, parecem-me mais concisas. A insegurança e o medo sempre estão ao meu lado, eles me dão força – e não o contrário. Para algumas pessoas essas sentimentos podem parecer um tanto ameaçadores, a mim não. Ambos, juntos ou separadamente, me são necessários. Junto com a dúvida, essas são as três coisas que mais me lembro ter sentido, ter vivido.
Solta, livre... Deita e rola! Porquanto, é eu sou um tanto maior, um tanto mais plena. Sei que parece um clichê, mais meus pensamentos me libertam e me apreendem em um mundo, um lugar duro, difícil. Mais eu consigo. Tantas confusões, tantos receios, tantos amores. É, talvez as coisas do mundo (e, devo dizer, aqui “coisas do mundo” são as mazelas, as tristezas, a incansável questão) consigam me acalentar... tirar de mim as minhas próprias confusões. A ironia de tudo é que ambos, o mundo e eu, são parte da dialética histórica, e se entrecruzam em laços mil. Separá-los seria irracional, desumano.
O mundo... o que é necessariamente um mundo? Eu sou um mundo. Eu não sou nada, sou efêmera. Cada passo é um mundo. Cada morte é um mundo. Cada guerra é um mundo. Cada criança, com seus direitos aviltados, é um mundo. Cada ser humano sem perspectivas é um mundo.
Na desgastante busca pelo autoconhecimento se encontra o mundo. Na desgastante busca pelo mundo se encontra a si. “Roda mundo, roda gigante” ? Y tú qué has echo?

17/01/09.